• Categoria: Brasil
  • domingo, 6 de agosto de 2017

    Vinícolas dos Vales dos Vinhedos: Vinícola Larentis e Caminhos de Pedra

    Oi!
    Último post sobre a Serra Gaúcha, já contei sobre a região no Relembrando a Toscana, sobre a Chandon do Brasil, a Cave de Pedra e a Casa Valduga e agora, por fim, a Vinícola Larentis. Essa foi a última vinícola que visitamos, e aproveitamos para esticar o passeio até o Caminhos de Pedra, outro ponto turístico de Bento Gonçalves.

    Vinícola Larentis

    Assim como muitas famílias, a história dos Larentis iniciou no século XIX com os seus imigrantes italianos e foram uma das primeiras a cultivar uvas nobres para fabricação de vinhos. Inicialmente focaram em consumo próprio, e apenas em 2001 foi inaugurada a tão sonhada vinícola, que é comandada pela família e se diferencia das grandes ao redor pelo seu tamanho e acolhimento.
    Na visita já entramos direto onde ficam os tonéis de aço inoxidável, e logo atrás o vinhedo, que recebem todos os cuidados e processos manualmente. A degustação é gratuita, no balcão, só chegar e começar a conversar com a família, que nos recepcionou alegremente. Eles ainda fazem duas atividades diferentes: o piquenique embaixo dos vinhedos, que custa R$70,00/pessoa aos sábados e domingos; e a colheita noturna que ocorre em fevereiro e custa R$220,00 com outros itens inclusos no pacote. Mais informações aqui.

    Entrada da vinícola

    sábado, 29 de julho de 2017

    Vinícolas dos Vales dos Vinhedos: Casa Valduga

    Oi!
    Estou contando pouco das 04 vinícolas que visitamos: Já falei da Chandon do Brasil (e de espumantes em geral) nesse post aqui, e sobre a Cave de Pedra aqui, agora vamos falar da Casa Valduga e seu complexo, e vou usar alguns daqueles termos que expliquei no final do post Relembrando a Toscana para definir os produtos deles!

    Lembrando que mesmo eu não tendo nem perto de uma formação de enóloga ou qualquer coisa parecida, hoje sou fascinada por tudo que envolve os vinhos e acho interessante explicar coisas básicas que possam ajudar outros leigos com coisinhas que aprendi. Além daquele pequeno guia no primeiro post, escrevendo sobre os vinhos eu senti que possam surgir algumas dúvidas acerca das uvas, então resolvi falar um pouquinho das principais uvas que fazem parte dos vinhos da região.
    - Uva Branca:
    Chardonnay: é uma uva de origem francesa, de Borgonha, mas por ser muito versátil consegue se adaptar em qualquer clima. Dela se faz um vinho tinto seco, com aromas primários de frutas como maçã e melão, e aceitam bem o envelhecimento em carvalho com aromas secundários de baunilha ou manteiga.
    - Uva tinta:
    Pinot Noir: é uma das uvas que produz os vinhos mais elegantes, e uma das variedades mais difíceis de se cultivar por ser bastante sensível. Quando em vinhos jovens, tem aromas de frutas vermelhas e quando envelhecido, ressalta aroma de couro e cogumelos, mas essas características podem alterar de acordo com a região.
    Cabernet Sauvignon: é uma uva de Bordeaux, França, e assim como a Chardonnay, se adaptou bem ao mundo todo. Seu vinho é seco, encorpado e de aromas intensos, com presença de taninos (sensação de adstringência) acentuados quando mais jovens, e quanto mais velho, mais aveludados ficam.
    Merlot: também de Bordeaux, é uma uva que se adaptou muito bem na Serra Gaúcha. Pode ser consumido como um vinho jovem, onde sobressaem aromas frutados, e quando beneficiado em carvalho pode apresentar notas de chocolate, mais amanteigadas. São menos tânicos e ácidos que o Cabernet Sauvignon.

    Casa Valduga

    A história dos Valduga começou em 1875 com a chegada do primeiro imigrante ao Brasil, que cultivaram os primeiros parreirais do Vale dos Vinhedos. Luiz Valduga, a quarta geração depois do primeiro imigrante, juntamente com sua esposa, Maria Valduga, e seus filhos começaram a investir em técnicas mais modernas para a produção dos vinhos finos, o investimento em tecnologia cresceu e o reconhecimento tornou a Casa Valduga uma das vinícolas mais apreciados do Brasil. Mas outro fator muito importante para conquistar confiança e estabelecer boas parcerias para o crescimento no mercado, foi primarem pela qualidade, Luiz Valduga dizia "Faça uma garrafa de vinho bem feita antes que duas ruins".


    Vinícolas dos Vales dos Vinhedos: Cave de Pedra

    Oi!
    Estou contando um pouco das 04 vinícolas que visitamos: Já falei da Chandon do Brasil (e de espumantes em geral) nesse post aqui, e agora vou focar nos vinhos das vinícolas Cave de Pedra, Casa Valduga e Larentis, e vou usar alguns daqueles termos que expliquei no final do post Relembrando a Toscana para definir os produtos deles!

    Cave de Pedra Winery



    É uma vinícola boutique, uma das primeiras do país, considerada assim pelo tamanho limitado da sua produção: apenas 45 mil garrafas no ano (a mesma quantia que a Vinícola Miolo produz por mês, para se ter uma ideia). Mas existem outras características que podem definir esse tipo de vinícola, seja aqui ou na Europa: ser gerenciada apenas pela família, sem muitos empregados; focar na produção de vinhos mais complexos e trabalham com castas de uvas não muito comum na região; e não possuir distribuidores, de forma que para provar você tem que ir até o local.
    Assim que se chega na Cave de Pedra já se vê que é diferente: é um castelo medieval feito todo de basalto, construído em 1997. A escolha da pedra remete ao fato da região da Serra Gaúcha ser composta geologicamente por ela, e também pela propriedade de manter temperaturas amenas sem grandes variações, que são necessárias para o amadurecimento do vinho e dos espumantes.

    sexta-feira, 28 de julho de 2017

    Vinícolas dos Vales dos Vinhedos: Chandon

    Oi!
    Continuando o post anterior, vou contar um pouco das 04 vinícolas que visitamos: Hoje é a Chandon do Brasil, seguidos da Cave de Pedra, Casa Valduga e Larentis, e vou usar alguns daqueles termos que expliquei no final do post Relembrando a Toscana para definir os produtos deles!

    Chandon do Brasil

    Portão de entrada da Chandon

    A Chandon faz parte do grupo francês LVMH (Moët Hennessy Louis Vuitton), que é uma holding especializada em artigos de luxo. Entre as marcas do grupo estão Dior Watches, Fendi, Sephora, e a Chandon entra na divisão de vinhos e destilados, sendo hoje a líder absoluta em vinhos espumantes naturais de luxo. 
    O que fez a Maison Moët & Chandon escolher Garibaldi-RS para sua sede o Brasil, foram as características naturais: microclima temperado e de noites frescas, permitindo que a maturação seja lenta e desenvolva bons níveis de açúcar e acidez na uva. É o terroir ideal brasileiro para esse segmento, ou seja, as características naturais que dão a qualidade para o vinho que se originará, conferindo fineza aromática e frescor aos espumantes. 

    quinta-feira, 27 de julho de 2017

    Relembrando a Toscana

    Oi!
    Depois de um tempão sumida, venho com uma viagem daquelas maravilhosas, regada de vinho e muita comida italiana! Fomos para a Serra Gaúcha conhecer os vinhedos de Bento Gonçalves, e já adianto: super recomendo o passeio, seja em casal, em família, em amigos ou até mesmo sozinho!

    Sobre a região

    "Quando se trata de enoturismo, poucos lugares no mundo tem tanto a oferecer quanto o Vale dos Vinhedos" está na primeira página do Guia Turístico do lugar, e realmente não dá pra economizar elogios. A melhor época do ano pra visitar é entre janeiro e março, a época da vindima (colheita), quando todas as parreiras estão verdinhas, lotadas de uva e aquele calor gostoso de verão; e mesmo tendo visitado em pleno inverno, com a boca rachada, poucos tons de verde, parreiras sem nenhuma folha quem dirá frutos, mesmo assim achamos o lugar maravilhoso! - Mas lógico que já estamos marcando de voltar em janeiro e amar mais ainda! Vou arriscar dizer que é a Toscana brasileira, só aquecer o coração de saber que dá pra matar a saudade mais rapidinho 
    Parecendo Toscana ou não, a Serra Gaúcha é a melhor opção para apreciar a alta gastronomia e vinhos de qualidade em restaurantes e vinícolas que são referência nacional, com uma super infraestrutura turística e uma paisagem de morros, colinas, vales e rios.

    Resultado de imagem para vale dos vinhedos
    Foto para instigar a ida no verão. Fonte

    sábado, 11 de março de 2017

    Conexão POA-CWB

    Quase minha segunda casa, Porto Alegre sempre tem algo incrível para se fazer e nós sempre planejamos conhecer alguma coisa nova por lá. Dessa vez consegui passar um tempo a mais e deu pra fazer alguns dos passeios que estavam na lista! O tempo ajudou muito, estava super ensolarado e fomos olhar a cidade pelo ângulo de ciclistas ♥ 

     
    #partiu | Melhor coisa que as companhias aéreas fizeram por mim: café a bordo

    Travessa dos Venezianos
    Desde que o Olie me falou desse lugar, eu estava louca para ir... Na verdade já chegamos a passar lá umas 3 vezes, mas nunca dava para tirar fotos e dessa vez deu!!
    A Travessa fica perpendicular a R. Joaquim Nabuco -que tem meu bar preferido, o Boteco do Joaquim- na Cidade Baixa, é uma pequena rua com 17 casinhas do início do século XX, hoje tombadas, que refletem a arquitetura popular da época, casas de pé direito alto, platibandas (elemento que esconde o telhado) com portas e janelas voltadas para a rua, habitada originalmente por jornaleiros, carvoeiros e outros profissionais 'menos prestigiados'. Apareceu no mapa só em 1935.
    Hoje a Travessa, apesar de estar tombada, está muito mau cuidada, não tem iluminação pública, as casas parecem estar meio abandonadas -e de fato estão, porque apenas 5 são habitadas-, o calçamento original de 1926 foi destruído por conta da passagem de carros, sem contar os prejuízos do vandalismo. 




    Apesar de lembrar a famosa ilha de veneza, Burano (que eu já mostrei aqui e  aqui), o nome da ruela se dá ao fato de que quando chovia muito, a rua ficava alagada, lembrando o canal de Veneza. Outra hipótese é para ser uma homenagem a uma associação de carnaval, a Sociedade dos Venezianos.
    As cores atuais não refletem as originais, foram parte do projeto Tudo de Cor para Porto Alegre, e foram escolhidas pela Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural pela incidência solar: as casas do sul, onde não bate sol, tem cores mais quentes e as no norte, cores mais frias. Os tons puderam ser escolhidos pelos próprios moradores.




    A Travessa é um ótimo lugar para voltar no tempo e tentar imaginar como era a vida das pessoas menos abastadas e em quais condições viviam, aqui também era conhecido como a região de refúgio dos escravos. A massa das grandes cidades acaba por apagar vestígios da sua história, não apenas fisicamente com demolições, mas também ao não dar atenção e cuidados devidos a esses espaços tão singulares e tão carregados de significado. 
    Hoje não só moradores são proprietários das casas, tem também uma Pizzaria que dizem ser a melhor da cidade (a casa laranjada da esquerda, sem nenhuma placa), a Associação Riograndense de Artes Plásticas (casa lilás, também à esquerda), o Centro Africano São Miguel Arcanjo (casa verde claro à direita), além de um Pub e Hamburgueria na esquina com a R. Joaquim Nabuco.



    Ciao Pizzeria Napoletana 
    Essa é novidade na cidade desde o final do ano passado, inaugurada na R. Anita Garibaldi, 694. É uma pizzeria veramente italiana (leia com sotaque) com farinha tipo 0 importadíssima de Napoles, produtos frescos e apenas 8 sabores típicos. É bem pequeno e tem um espaço externo super gostoso para comer, lá dentro tem livros sobre pizza e dá pra ver todo o preparo, do início ao fim, além da decoração bacana.




    A pizza é em tamanho individual e o ambiente descontraído te induz a comer com a mão mesmo, tem birra Moretti e outras, não cobram rolha para o vinho, o preço é justíssimo mas eles trabalham com limite de pizzas por dias, então dependendo do horário que chegar estará com um "Finito" grande na porta, chegue cedo! Informações: Ciao.


    A rua mais bonita do mundo
    A Gonçalo de Carvalho foi eleita a mais bonita do mundo pelos seus 500m de Tipuanas enfileiradas formando um túnel verde. Essas árvores estão ali desde 1930 e ficou famosa em 2008 depois que um biólogo português apelidou de "A rua mais bonita do mundo".
    Eu nunca consegui tirar as fotos que tem aqui, mas é linda com certeza, se bem que eu acho toda rua arborizada de Porto Alegre -que não são poucas- lindas demais. A rua não é para pedestres, é muito movimentada e os carros passam rápido demais, tome cuidado. 


    Olie | Tetânico, em homenagem à querida italiana Tetânica

    Parque da Redenção
    É local tão antigo quanto a cidade, testemunhou o crescimento urbano, movimentos diversos, passou por vários nomes diferentes e hoje é um dos pontos turísticos mais conhecidos de POA. 
    Em 1807, quando foi doado à cidade, era destinado as práticas de comércio de gado da região. Em 1826 quase foi loteado e vendido para construção de residências, mas foi salvo por D. Pedro I por ser destinado a práticas militares da época. Em 1884 foi cenário do movimento de libertação dos escravos, passando a ser chamado de Campo da Redenção, nome que permanece na memória até hoje, mesmo com o nome oficial já ter sido modificado. 
    Ao longo da sua história passou por várias intervenções paisagísticas e abrigou diversos equipamentos urbanos de diferentes atividades, até chegar no desenho de hoje, com um eixo central formando um longo passeio ajardinado, com um grande lago. Esse desenho foi feito em 1930 para comemorar o Centenário da Revolução Farroupilha, daí o nome atual. Os prédios que faziam parte dessa exposição do centenário foram demolidos em 1939, com exceção do Pavilhão do Pará que pegou fogo em 1970.
    É um local muito querido pelos cidadãos e nos finais de semana enche com o Brique da Redenção, uma feirinha de artesanatos a afins, moradores para tomar chimarrão, crianças, feiras de doação de animais, etc.
    Dica de ouro: vão tomar um suco natural na Lancheria do Parque, que é servido direto no liquidificador e é super barato, fica na R. Oswaldo Aranha, 1086.



    Mais Porto Alegre:

    Colégio Militar



    Igreja Nossa Senhora das Dores

    Guaíba

    Cais do Porto

    E a cidade se despediu assim de mim:







    Nada mau, hein?
    Um beijo!

    sexta-feira, 10 de março de 2017

    BH

    Se tem um lugar no Brasilzão que eu sou apaixonada, esse lugar é Minas Gerais! Tem como não gostar daquele monte de comida maravilhosa, do povo querido e alto astral, do sotaque gostosin que parece abraçar a gente, das famílias gigantescas e suas histórias engraçadas, do ar de interior?? Isso que eu nem citei a parte que atinge a minha arquiteta interior... Amo Minas dimais da conta! 
    E voltei pra essa terra amada por um motivo mais amado ainda: a formatura de uma amiga que fiz no intercâmbio e que se tornou uma das melhores da vida, a Gabi, conheci a família dela e já adotei todo mundo, ou fui adotada, e reencontrei o pessoal do CsF 159 que foi o melhor edital que o Ciências sem Fronteiras já teve, hahaha. Foi uma viagem sensacional!


    Eu já tinha visitado MG com minha mãe há  muitos anos atrás e queria visitar tudo de novo, mas não deu muito tempo porque o foco da viagem foi a formatura da Gabi e curtir o tempo com o pessoal, então tivemos só dois dias de passeios mesmo! 
      

    Detalhe da parede do auditório



    Gabi Laureata!

      
    Olie, Gegel, Carol, -modelo de foto- Karen, eu, -modelo de foto-, Ítalo

    Da direita pra esqueda: Camila, Gegel, eu, Ígor, primo, Beto, Carol, Giu, Lucas, -não sei-, Leticia e Carlitos
    Momentos da festa - Foto da Banda Skorpius

    Esquerda para direita: Lurdes, Lucas, eu, Giu, Gabi, Gegel, Carol, Karen, Olie, Ítalo, Carlitos, Beto e Letícia

    Esquerda para direita: Carol, Karen, eu, Ítalo, atrás: Gegel, Olie e Lucas 

    Praça da Liberdade
    A praça é um ponto obrigatório para turistas por motivos de: é linda, é um marco desde sua fundação da cidade, é o centro do circuito cultural de BH e ainda fica na savassi, o bairro mais bohêmio e badalado, perfeito para curtir o final da tarde.
    No circuito cultural ficam vários edifícios históricos que marcaram as épocas da cidade e hoje abrigam museus diversos. Fomos no Centro Cultural do Banco do Brasil ver uma exposição sobre conceitos de beleza, chamado ComCiência da artista Patrícia Pitinini, que nos leva a pensar sobre nossos conceitos a partir de esculturas que misturam criaturas "feias" e ternas ao mesmo tempo. 
    O conjunto paisagísticos e arquitetônico da praça foi tombado em 1977.  A linha principal que as palmeiras imperais nos levam é o Palácio do Governador, indicando que o local seria uma praça do governo na sua concepção. 

     Resultado de imagem para circuito cultural bh
    Esquema do circuito cultura. Fonte

    Praça da Liberdade

    Edifício Niemeyer, primo irmão do Edifício Copan, em SP.


    Exposição Com Ciência

    Eu e o Olie na Praça da Liberdade | eu e Gabi curtindo o bar na Savassi

     Pampulha
    Sabiam que Belo Horizonte é uma cidade planejada? Inclusive foi a primeira cidade moderna brasileira a ser planejada, inspirada em Paris e Washington, entre os anos 1894 e 1897 e foi projetada para ser símbolo da civilização e progresso do país. 
    Porém com o passar dos anos passou a ser vista como um pólo industrial e moradia de funcionários públicos, até chegar nos tempos em que JK era prefeito de BH. Entre as diversas obras de melhorias da cidade, Juscelino idealizou o bairro da Pampulha, distante do centro para que a cidade crescesse ordenadamente. Nesse bairro estaria localizado o complexo da Pampulha, com uma grande lagoa artificial, alguns edifícios de destaque e um bairro residencial de classe média-alta, no qual o próprio prefeito foi morar.
    Esses edifícios são a Igreja São Francisco de Assis, o Iate Clube, o Cassino e a Casa de Baile, projetadas e executadas por Oscar Niemeyer, novinho e desconhecido da maioria na época. Essa grande obra foi o abre alas para a construção de Brasília.

    Igreja São Francisco de Assis

    Detalhe do rasgo que permite iluminação no altar | Interior mau cuidado

    A igrejinha foi inaugurada em 1943, foi a última a ser construída e é considerado a obra prima do conjunto. Mas ela acabou sendo alvo de preconceito por parte dos eclesiásticos da época, por Niemeyer e Portinari serem comunistas - e também pelo painel do artista plástico ser mau apreciado por conta do cachorrinho - a Igreja então ficou fechada por quase 15 anos e foi tombada apenas 2 anos depois de sua construção, um fato inédito, por medo de ser depredada em alguma revolta. Conseguiu ser consagrada e aberta depois de JK se tornar presidente e ele mesmo correr atrás disso.
    Hoje, apesar de ser símbolo não apenas do conjunto ou BH, mas do próprio arquiteto, ter reconhecimento internacional e ser visitada por milhares de turistas, não é bem cuidada, seu interior está depredado, com aspecto de abandono.
      
    Gabi e Lucas ♥

    Altar | Brises com vista para a lagoa

    Croqui de Niemeyer

      

    Mineirão

    Igreja da Pampulha

    O Iate Tenis Clube hoje é um clube particular, não tem nada dizendo que pode ser visitado mas perguntamos na portaria e nos deixaram entrar, mas estava para acontecer um casamento e já estava com vários equipamentos e pessoas atrapalhando as fotos, haha. E mesmo de fora, é muito difícil ver a forma, que é minha preferida de todos os quatro: dois trapézios que se unem pelo menor vértice.
    O Cassino, o primeiro de todos a ser construído e foi o chamariz para a nata da sociedade passar a conviver no novo bairro, onde diversos artistas importantes eram chamados para os shows, movimentando as noites da década de 40. Quando os jogos de azar foram proibidos no Brasil, passou a sediar o atual Museu de Arte da Pampulha. Ele fica numa ilha dentro da lagoa, com acesso mais complicado -e longe- para quem está a pé, como nós, então não chegamos nem a tentar entrar nele.

    Interior do Iate Clube | Vista do atual Museu de Arte Moderna

    A quarta obra e a que mais encanta, na minha opinião, pelas suas curvas simples e delicadas, e pelo tratamento atual -que difere bastante da Igrejinha, por exemplo- é a Casa de Baile, que foi construída com o intuito de atender eventos mais populares paralelos aos chiques do Cassino, logo à frente. Hoje é uma galeria, e no dia que fomos tinha uma exposição fotográfica dela mesma, muito inspiradora.
    Todos os edifícios da Pampulha são projetados em conjunto com o paisagismo de Burle Marx, um grande paisagista brasileiro de renome internacional, que deixa tudo com um toque muito especial nas formas, texturas e cores de seus jardins.

    Casa do baile exterior e interior

    Exposição

    Interior da casa de baile


    Vista do Cassino

    Detalhes da Casa de Baile


    Mercado Central
    Existem vários pontos turísticos lindos espalhados por BH, desde os mais conhecidos até os que não são tanto assim, mas um que vale muito a pena conhecer é o Mercado Central. Eu tenho costume de visitar todos os mercados municipais das cidades que viajo, pois acredito que eles guardam a essência do lugar através dos sentidos, sejam das comidas ou dos lojistas. O de BH não é diferente, lotado de artesanato e especiarias típicas, te embala num passeio pelos corredores confusos que certamente vai acabar passando por várias degustações e quem sabe, num famoso fígado com jiló?



    Já estou prontíssima pra voltar!
    Um beijo!


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